quarta-feira, maio 19, 2010

Atividade: Elaborar três textos (descritivo, narrativo e dissertativo), tema uma fotografia da cidade

Escolhi o mesmo tema e título para comparação da organização de idéias nas frases, diante dos três estilos de textos propostos.
Disciplina: Língua Portuguesa / Lógica da Linguagem
1º Texto Descritivo:
Dar valor é igual a valorizar?

     Darlene de Souza trabalha em um hipermercado da cidade, na função de caixa, passou por um processo de seleção, recebeu treinamento para desempenhar seu trabalho com agilidade e qualidade. Usa uniforme personalizado, cabelos presos, maquiagem discreta, unhas pintadas. Antes de começar a registrar os preços dos produtos ela cumprimenta os clientes com um sorriso padrão de atendimento dos caixas.
     Mas naquele dia, uma quarta-feira, onde os produtos estão em promoção e os clientes aproveitam para economizar um pouco nas compras da semana, deparei-me com uma cena inusitada. Darlene pergunta se eu teria quarenta centavos para facilitar o troco e eu disse que não estava com dinheiro trocado.
     Ela insistiu e disse que era para facilitar o troco por estar sem moedas naquele momento, então eu procurei na bolsa, mas não encontrei o porta-níquel que sabia ter deixado na console do meu carro, quando comprei o jornal antes de ir ao hipermercado.
     Então ela acionou a luz de atenção e uma das supervisoras trouxe um pacotinho com moedas e cédulas totalizando vinte reais e efetuaram a troca ou destroca do dinheiro. Neste exato momento verifiquei que as cédulas estavam bem enroladinhas e Darlene vendo meu semblante, tentou esticar as cédulas, pediu desculpas por estarem tão amassadas e disse que já vinham assim de outros clientes.
     Eu disse que não era bem assim, pois as cédulas foram separadas e embaladas pelas supervisoras de caixa, e que aquele procedimento estava errado, as cédulas tem um custo financeiro alto e devem ser bem conservadas. Inclusive já foi tema de reportagem e de campanha nacional para conservação e principalmente para conscientização do valor sócio-econômico que o popular dinheiro brasileiro tem.Utilizavam a frase:
“Vamos valorizar nosso dinheiro!”
      E concluí meu discurso dizendo que se as pessoas não sabem dar valor ao dinheiro dos outros, e não ligam pelo simples fato de não lhes pertencerem, então cada vez menos os terão, e cada vez mais pobre ficarão. Por isso eu valorizo cada moedinha, cada centavo que tenho, pois é fruto do meu trabalho que deve ser valorizado sempre, e multiplicar-se cada vez mais.
     Darlene ouviu cada palavra sem piscar e disse que todas as caixas recebem o dinheiro assim, que eu tinha razão porque ela também ficou com vergonha de me entregar as notas tão amassadas, por isso pediu-me desculpas, mas também ela nunca tinha prestado atenção “nisso”, que não era problema dela e que só eu reclamei e deveria reclamar com o gerente.

2º Texto Narrativo:

Dar valor é igual a valorizar?

     Darlene de Souza trabalha em um hipermercado da cidade na função de caixa, e na quarta-feira passada quando fiz as compras da semana, lembrando que tem promoção em todas as quartas-feiras, neste hipermercado, assim aproveito para economizar um pouco. Fui surpreendida com uma situação inusitada.  
     Na hora efetuar o pagamento eu apresentei uma cédula de cinquenta reais e, a tal moça do caixa, perguntou:
     - A senhora tem quarenta centavos trocado para ajudar no troco?

     Eu respondi que não tinha dinheiro trocado naquele momento. Ela insistiu:
     - É para facilitar o troco, estou sem moedas, senhora.

     Eu abri a bolsa, procurei o porta-níquel, não o encontrei, mas lembrei que tinha deixado na console do Corsa (meu carro), após pagar pelo jornal no semáforo próximo da li. Então, ela acionou a luz de atenção para chamar uma das supervisoras de caixa e pediu para trocar ou destrocar vinte reais. Em seguida a supervisora entrega um pacotinho, que Darlene abriu com muita dificuldade, pois estava bem enroladinho e lacrado com durex.
     Enfim, ela conseguiu abrir, desenrolou as cédulas e separou meu troco, mas antes de me entregar aquelas cédulas amassadas, ela olhou para mim e percebeu minha indignação com aquela cena lamentável e tentou desamassar as notas, já que eu estava com a carteira aberta e tinha mais cédulas acomodadas e organizadas de forma uniforme.
     Os olhares se cruzaram, era a oportunidade de externar minha indignação. Mas antes de eu iniciar meu discurso, Darlene tenta justificar o fato injustificável:
     - Senhora, me desculpe, mas o dinheiro já vem assim dos outros clientes...

     Eu imediatamente a interrompi dizendo:
     - Não é bem assim. Estas cédulas foram embaladas pelas supervisoras do Hipermercado, e algumas dessas cédulas são novas, para estarem sendo amassadas desta forma! Este procedimento está errado e é injustificável. Eu não gostaria de receber estas cédulas, pois estaria sendo conivente com este procedimento.

     Ela ficou estática e pálida diante de mim, mesmo assim conseguiu falar:
     - Senhora e agora?...

     Eu prontamente e já quase atropelando a fala de Darlene, disse:
     - Eu vou aceitar estas cédulas, mas com uma ressalva: Vocês funcionárias que trabalham com cédulas e moedas, devem dar valor a elas e tratá-las como se fossem ouro ou diamantes, porque elas representam o poder econômico deste país. O nosso dinheiro deve ser respeitado e bem querido para multiplicar-se e tornar-se uma grande renda. Porque é com estas cédulas que pagamos o ouro e os diamantes, os carros e casas, enfim o que vocês quiserem. Porque querer é poder se aplicado com convicção, respeito e dignidade.

     Ela ficou me olhando, olhando e falou:
     - A senhora tem uma voz muito bonita. A senhora trabalha na TV ou é professora?

     Eu dei uma risada e disse:
     - Eu sou cidadã brasileira e amo meu país, e dou muito valor para cada moedinha que tenho direito, pois só eu sei o quanto trabalhei e me dediquei para conseguir cada uma delas.

     Aí para acabar Darlene diz:
     - Ah, mas a senhora deve ter muito dinheiro...
    
     Diante deste comentário eu guardei meu troco, peguei minhas compras e aos passar pelo guichê de atendimento ao cliente, registrei minha indignação com o tratamento das cédulas e encerrei com a frase: Mais uma vez tenho que concordar: cada criatura tem a vida que merece.


3º Texto Dissertativo:

Dar valor é igual a valorizar?

     Ao produzir dois textos (descritivo e narrativo) com a mesma temática, objetivei o fato social de grande importância, que passa despercebido pela maioria da população brasileira e que deveria servir de base para um futuro melhor, já que o Brasil é o eterno país do futuro.
     Algumas situações do cotidiano merecem ser registrados, divulgados e comentados para que outras pessoas exercitem a análise crítica de uma situação aparentemente simplória, mas de extrema reflexão sobre os valores que temos, e que possam favorecer ou ajudar em nosso crescimento pessoal, profissional e social.
     Uma vez que, ao sermos seres sociáveis, vivemos em sociedade organizada por regras, normas e leis e, que precisamos fazer uso delas com respeito, atitude, dignidade e ética.Todo cidadão brasileiro tem direito à educação. Então vamos proporcionar educação para todos.
     Precisamos saber distinguir o que é dar valor ou valorizar algo e alguém. A palavra proferida fica registrada para quem a ouviu, inclusive quem a proferiu que também a ouve.
     Diante do exposto, fica a minha experiência pessoal de 46 anos e profissional de 30 anos, de que a palavra tem força e poder. Então quando proferi-la o faça com sabedoria, respeito, para receber em dobro. Lembrando que o inverso também chega em dobro e rápido.

0 comentários: