segunda-feira, maio 17, 2010

Trabalho: Discorrer sobre os quatro filmes; Abaixando a Máquina; Câmera Viajante; Retrato Pintado; e Instantâneos da Realidade

                     Disciplina: Fotojornalismo               
                Passamos a discorrer sobre os quatro vídeos apresentados em sala de aula, onde o amor pela profissão supera obstáculos, crenças, perdas e convicções para eternizar na foto ou no retrato pintado, a imagem pessoal ou o momento ideal da vida.  
No filme Abaixando a Máquina, estão em foco, a ética e a dor. Como lidar com estes dois pontos tão importantes durante a cobertura fotográfica de um fato que vai virar notícia, como mostrar ou registrar a realidade. Com consciência e com responsabilidade das imagens.
Atualmente os cidadãos comuns registram com suas máquinas e celulares, situações de risco e caóticas. E tentam repassá-las para os profissionais dos jornais e das emissoras de televisão.
Como ficam o senso comum e o senso crítico? Quem baliza ou quem pondera sobre as imagens a serem divulgadas ou publicadas?  Quem pratica o Código de Ética dos Jornalistas?
Os fotógrafos recebem treinamento da Polícia Militar (PM) para subirem nos morros no Rio de Janeiro, usam colete à prova de bala, eles arriscam a vida para registram a morte alheia.
Os religiosos, os policiais, os bandidos e os fotógrafos são todos devotos de São Jorge, que paradigma, que estranho, que fé é essa?!
Os fotógrafos são bem recebidos nas favelas quando é de interesse dos moradores dessas comunidades. “Não vamos nos iludir também.” Declara um dos fotógrafos entrevistados.
No filme Câmera Viajante, os fotógrafos que vão a Juazeiro do Norte, tiram fotos das famílias com seus defuntos, um hábito estranho e mórbido para quem não vive lá.
Eles falam com emoção sobre os romeiros devotos de Padre Cícero Romão que querem eternizar aquele momento de fé e gratidão, numa foto de monóculo. Há um romantismo e uma satisfação pessoal ao tirar a foto.
A aula singela e envolvente de como tirar uma foto perfeita, com golpe de vista, focar na pestana, enquadrar e o click, aí esta a foto perfeita. Mesmo sem passar por uma academia, este fotógrafo de fala simples, mas extremamente experiente reproduz com perfeição a técnica do Arqueiro Zen e o seu amor incondicional pela profissão.
No filme Retrato pintado, o fotógrafo não desenha ele interfere na foto, cada dia é uma emoção nova para pintar ou para manipular um retrato, os donos são os guardiões destas fotos, que não são fotos nem retratos, são obras em um santuário.
A arte do retoque, a pintura sobre a fotografia surgiu na década de 40 do século XIX, e perdura com maior interesse e tradição nos interiores nordestinos.
Os retratistas registram os momentos mais importantes da família desde o nascimento com batismo, diploma escolar, maior idade com serviço militar para os rapazes, casamento, nascimentos dos filhos, dos netos e do falecimento, fato citado no filme Câmera Viajante, mas que desta vez registra também a morte do próprio retratista e a emoção pura de seu sucessor, continuando no mesmo caminho, perpetuando esta maravilhosa profissão.
O filme Instantâneos da Realidade em estilo de documentário, relata a vida do fotógrafo Evandro Teixeira que se mistura entre profissional e pessoal, pela dedicação e pela paixão, base forte para construção de sua carreira.
Seus amigos emocionados registraram em depoimentos seus feitos e trajetória profissional.  “Evandro é profundamente nacional e verdadeiro, faz parte da história do país”. Em Irajuba interior da Bahia, sua mãe Dona Nazinha, conta rindo que ele queimava aula, mas era educado. O fotógrafo Walter Lessa define a curiosidade e ânsia pela fotografia, “como homem procurando mulher, era Evandro procurando as fotos”.
As fotos célebres do golpe de 1964 e 1968 com movimento e sem movimento (época de chumbo do Brasil). A foto de duas libélulas na ponta de baionetas durante evento militar com o presidente Costa e Silva e que teve destaque de capa no JB, deixou o presidente irritado, mas Evandro descreve a cena com muito humor, dizendo que “Costa e Silva era muito engraçado”. E a  polêmica foto da queda da motocicleta rendeu-lhe indicação para a Bienal, mas foi vedada e censurada pela ditadura.
Em 1973 fotografou a queda do presidente do Chile Salvador Allender. Em 1978 fez a cobertura do suicídio coletivo de Tim Jones e seus seguidores na Guiana Inglesa, “os corpos tinham um cheiro horrível, era insuportável”, comenta Evandro. Em 1985 continua como fotógrafo do Jornal do Brasil (JB). Para Chico Buarque de Holanda, Evandro é surpreendente. Sua filha diz com orgulho e admiração, que “do nada ele tira uma grande fotografia”.
Eu faço aqui o que gosto, e eu gosto é de fotografar, é só isso. (EvandroTeixeira).
Na carreira de Jornalismo como em qualquer área de trabalho, é necessário buscar fazer sempre “o algo mais, pois ninguém corre atrás do prejuízo e sim à frente e o que quer que se realize, que possa ser o melhor, pois o que merece ser feito merece ser bem feito”, frase memorável e histórica dita por Lech Valesa – Partido Solidariedade da Polônia. 
            Atualmente a competição é grande no mercado de trabalho e para conseguir destaque e sucesso é preciso superar as expectativas do editor chefe, do gerente, do diretor, do patrão, do colega de trabalho e, principalmente do cliente, pois todos passam a ser clientes quando dependem de informações coerentes e precisas para dar continuidade ao trabalho e tomarem decisões acertadas.     Ao cobrar resultados positivos e lucrativos, é de grande valia fazer uma auto-avaliação para não passar por situações difíceis e até mesmo ridículas do tipo: “será que eu só critico ou invejo meus companheiros?!” ou “será que eu continuo na empresa, no jornal, na equipe procurando fazer sempre melhor sem me qualificar?!”. É fundamental termos em mente que não importa quanto tempo um profissional tem no exercício do ofício ou do trabalho e, sim o quanto este profissional é dinâmico, pró-ativo e que supera obstáculos com eficiência.
O mercado de trabalho está cada vez mais incisivo, mais competitivo, e até mesmo agressivo, não a tempo para contentamento ou para comodismo.
O jornalista contemporâneo precisa ter uma visão ampliada, ser dinâmico e criativo, inteligente e estratégico, ser ousado mais com cautela, determinado e esperto, e acima de tudo ter a ética como seu principal alicerce.

Texto de Marcelo Garcia e Tanair Maria

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