quarta-feira, abril 13, 2011

75º Aniversário póstumo de Osvaldo Ferreira, meu pai

Hoje, meu pai, meu herói e meu bandido, completaria 75 anos de vida, mas foi interrompida em 11 de novembro de 2000.
Pai, sinto muito sua falta, o senhor é minha eterna inspiração de direitos e deveres para com o próximo. O senhor está sempre em meus pensamentos, nos momentos que preciso definir o "bem e o mal", "a ética e o caráter", "a ira e a ternura", "a vida e a morte", e principalmente "o amor e o ódio".

Osvaldo Ferreira (12/4/1936 - 11/11/2000)

As três feridas narcísicas
Posted 16/07/2009
Filed under: André, Quinta-feira |

Três grandes acontecimentos marcaram o ego humano de tal forma que foram considerados as três feridas narcísicas da humanidade.


O primeiro grande golpe veio com Copérnico, quando o mesmo afirmou não sermos o centro do Universo. Éramos meros coadjuvantes que brincavam no carrossel do Sol.


Se não estávamos no papel principal da peça universal, nos restava ainda gozar da condição de filhos de Deus. Mas Darwin, ao descobrir o evolucionismo, nos legou a condição de mero produto do acaso. Não somos seres especialmente criados, mas apenas resultado da evolução natural dos seres.


A despeito disso tudo, quisemos reivindicar, como última esperança, a racionalidade exclusiva da nossa espécie. E então, Freud nos deu o derradeiro golpe que nos faz sangrar até hoje. Não somos sequer senhores de nós mesmos. A consciência é a menor parcela de nossa vida psíquica.


Tal qual o homem, a nossa vida – de modo individual – a cada momento sofre feridas que abalam a nossa estrutura e nos fazem repensar o que somos e o que queremos a cada instante.


Lembro-me que a primeira ferida narcísica que sofri foi aos 7 anos. Quando pequeno, pensava ser o meu pai o homem mais alto do mundo. Por ele e por meio de sua altura aspirava às coisas do alto. Foi quando conheci outro maior do que ele…


Restava ainda a condição de super-herói inerente a todo pai. Foi quando aos 13, vi meu pai chorar pela primeira vez. O homem inatingível também sentia medo, também sentida dor, também chorava. O super-herói tinha lá as suas fraquezas.


Depois de feito homem, nada mais poderia me abalar, pensei. Foi aí que me bateu à porta a morte. Nada e nem nínguém é eterno. Mesmo as pessoas mais queridas têm prazo definido de estada na Terra. Eis a ferida que sangra até hoje. Eis a ferida que nunca vai cicatrizar.


E você? Quais as suas feridas?

Comentário de Tanair Maria on 03/11/2009
"Cara", adorei sua visão e formato descritivo, também me identifiquei com as suas feridas que até hoje sangra pela morte do meu inicialmente super heroi, depois anti heroi e hoje simplesmente meu pai (falecido em 2000). Um homem que moldou meu caráter e será sempre minha inspiração.

Beijos e valeu!!!

Fonte: http://achojusto.wordpress.com/2009/07/16/as-tres-feridas-narcisicas/

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