terça-feira, setembro 04, 2012

Jiu-Jítsu Esportivo Amazonense faz campeões

Para os amantes de lutas marciais, preparei este texto com muito carinho e reconhecimento a este esporte que a cada dia gera mais campeões e cidadãos de fato e de direito, que tornam-se exemplos de dedicação, educação e cultura esportiva, segue texto na íntegra.
Boa leitura.



Irmãos campeões no Tatame buscam patrocinadores

Por Tanair Maria
Jornal do Commercio, publicado em 03/9/2012, C1

   Dois jovens irmãos são destaque em lutas marciais na modalidade Jiu-Jítsu, iniciaram cedo na prática esportiva e já conquistaram mais de 22 medalhas em campeonatos regionais nacionais e agora se preparam para as competições internacionais. Eles são Willis da Mota Nunes (16) e Lucas Gabriel Sobreira Freire (4) praticam Jiu-Jítsu na Academia ASLE.

Como tudo começou
   Desde pequeno Willis Nunes assistia as lutas marciais na televisão, gostava de jogar bola, aceitou o convite de um primo para praticar o Jiu-Jítsu juntos, foi assim que tudo começou. Ele luta desde os 10 anos, seu maior incentivador é o pai Paulo Jorge Nunes, sem esquecer-se do treinador Henrique Machado. Usando a faixa branca e com apenas quatro semanas de treinamento Willis Nunes destacou-se dos demais aprendizes e foi inscrito para participar de torneio regional. Ganhou em primeiro lugar na primeira luta, logo na melhor de três. Com aquela vitória, passou para faixa laranja, intensificou os treinos e em 2009 conquistou o vice-campeonato na Copa América de Jiu-Jítsu, e seguiu na carreira vitoriosa.
  
Apoio da família
   Quem faz questão de acompanhar e incentivar a continuar no esporte, é o pai “coruja”. Houve um tempo em que o garoto quis parar de treinar e de estudar, por conta de problemas pessoais. Mas foi passageiro porque o pai se fez presente e aconselhou o filho a voltar a estudar e praticar o Jiu-Jítsu. Agora Willis está dedicado, participou das olimpíadas de matemática, fala com orgulho o pai, “Ele está bem sucedido na luta até agora, espero que ele melhore, mais ainda, todo dia a gente aprende mais um pouco. Eu só babo de alegria e orgulho, pelos meus filhos”. Já o pequeno Lucas quando ganhou o campeonato brasileiro o orgulho do pai dobrou, são dois filhos campeões de Jiu-Jítsu.

O pequeno Lucas sorri quando está lutando e ganha com sua faixa branca, “Eu fico feliz, quando eu bato forte e ganho, aí ele (o árbitro) levanta minha mão”

Do esporte surge lição de vida com as lutas marciais
   Com a prática do esporte Willis tirou lição de vida, mesmo com tão pouca idade, “Lutar Jiu-Jítsu significa que melhorou bastante minha vida me trouxe muitas coisas boas, voltei a estudar e treinar com mais disciplina e concentração, e ganhei muitas medalhas” afirmou o atleta juvenil.
Foram 22 medalhas em seis anos de luta no tatame.

Rumo aos Estados Unidos
   Hoje com 16 anos Willis Nunes vai participar da seletiva em Natal/RN, garantir vaga para disputar o Campeonato Internacional de Jiu-Jítsu na Califórnia/EUA em 201. Ele treina na academia ASLE uma hora e trinta minutos pela manhã, três horas pela parte da tarde e a noite são duas horas de treinamento, sempre assistido pelo técnico. Willis, já completou o ensino médio e está se preparando para o vestibular, faz inglês e pretende se formar em educação física.

Busca por patrocínio
Durante a visita ao Jornal do Commercio, o pai e orientador dos atletas campeões, abre seu coração para pedir apoio de empresários para que os dois filhos continuem praticando o esporte e participando dos campeonatos regionais, nacionais e internacionais.
   “O fato de estarmos aqui é que não tenho condições de bancar com os custos para manter os dois garotos. Estamos na busca por patrocinadores. Eu garanto, quem for patrocinador não vai se decepcionar, eles já são campeões”.
   Os dois garotos tem um grande talento pra luta, venceram todas as competições realizadas este ano desde março à exemplo do Amazon Open (março); Copa América (abril); Campeonato Brasileiro (maio) e Seletiva do Mundial (junho) Vale resaltar que os garotos estão no inicio de carreira terão muito chão até chegar a faixa preta, onde, todo atleta almeja chegar.

A Federação Amazonense de Jiu-Jítsu Esportivo (FAJJE)
Criada com o intuito de alavancar o Jiu-Jítsu no estado do Amazonas, realizar eventos, federar atletas e academias, e em futuro próximo profissionalizar esse esporte. Filiada a CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Esportivo), a FAJJE tem total respaldo para regulamentar tudo que for concernente ao Jiu-Jítsu esportivo no Amazonas.
Num momento de reflexão voltado para as artes marciais, o vice-presidente da FAJJE, Márcio Pontes, acredita ser um grande período com a explosão do UFC/MMA no Brasil e com grandes resultados alcançados pelo Jiu-Jítsu e por ter hoje a maior referência do Amazonas, José Aldo Jr. Detentor do Cinturão do UFC na categoria Pesos Pena e serve de exemplo pra garota.
“Tenho um conceito muito forte quando se fala em educar através do esporte independente de qual seja, ESPORTE e CULTURA é CULTURA e EDUCAÇÃO quando toda a sociedade enxergar, que para não perdermos nos jovens adolescentes para a marginalidade, pessoas como nós estaremos sempre nessa luta em busca do resgate social”, declarou Márcio Pontes.

A história
Segundo alguns historiadores o Jiu-Jítsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a autodefesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o Jiu-Jítsu percorreu o sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde se desenvolveu e popularizou-se. Chegou ao Brasil em 1915 pelas mãos de Conde Koma, quando no ano seguinte conheceu Gastão Gracie e juntos difundiram o Jiu-Jítsu no país. Em 1925, abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jítsu no Rio de Janeiro, agora com os filhos. A família Gracie é muito respeita pelas grandes conquistas em diversas modalidades das artes marciais, inclusive no MMA (Mixed Martial Arts).
www.jcam.com.br
 

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