sexta-feira, agosto 06, 2010

Dois textos: "Ética do bem e do mal" e "Censura principal arma da ditadura"

Atividade: Elaborar texto (descritivo, narrativo e ou dissertativo). Tema: dois artigos publicados pela revista Veja: “Aula de ética é em casa, não na escola” (Gustavo Ioschpe) 30/06/2010 e “Mordaças e Palmadas” (Lya Luft) 04/08/2010.

Disciplina: Língua Portuguesa/Produção Textual
Texto 1:
Ética do bem e do mal
       A palavra ética está definida como: “Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e do mal.” (Minidicionário Aurélio), ora se resumidamente trata-se do bem e do mal, então podemos observar que nos dois textos em estudo abordam a mesma temática, que é a aplicação da lei, seja moral ou cívica. Podemos verificar que o cidadão tem seus direitos constituídos na Carta Magna Brasileira atualmente conhecida como: A Constituição Brasileira revisada em 1988. E as leis que servem para manter a ordem e progresso numa comunidade, geralmente aplicada para o cidadão que comete ato falho que causa dano ao próximo, e que por isso é recluso e colocado à margem da sociedade mais conhecido por “marginal”.
       Verificamos que na proximidade das eleições políticas no Brasil, começam a surgir casos sociais mirabolantes e leis complementares extremamente polêmicas, que parecem servir apenas para desviar a atenção dos eleitores ou para confundir a ideologia política social de cada candidato, pois qualquer posicionamento a favor ou contra e até mesmo manter-se imparcial considerado omissão, vai causar impacto na avaliação e decisão de votar de cada eleitor brasileiro.
       Quanto à indignação da professora sobre o posicionamento dos jovens estudantes de jornalismo e de que rumo à censura da imprensa brasileira está se fazendo presente, lembro: Que se os jovens ainda não notaram este fato nas entrelinhas governistas, por outro lado temos um aliado que se fez e faz presente no que tange a liberdade de imprensa que é a Organização das Nações Unidas (ONU), que sempre se manifesta diante de censores, principalmente no Brasil que sempre estão observando aguardando uma oportunidade para pacificamente sugerir ajuda na “organização” política social no Brasil. E nós brasileiros que deveríamos jamais esquecer, dos “20 anos de chumbo”, da tão recente ditadura militar, a servir de exemplo para que não se repita, passamos por desmemoriados, apáticos e sem o mínimo de atitude positiva.
       Mas, sempre há esperança quando a dignidade e a atenção se fazem presente. Lendo um texto dissertativo real produzido por um estudante que já participou de algum exame seletivo e graciosamente cedeu ao autor e professor Antonio Carlos Xavier na obra Como se faz um texto, da editora Rêspel, que cito na sua íntegra a fim de registrar um texto com pensamento coeso e argumentativo:



Texto 2:
Censura principal arma da ditadura
       No século passado, em meados dos anos 60, a ditadura militar foi impetrada no Brasil através de um golpe militar e para impor seus mandos ou desmandos, utilizava o método da censura com direito a busca a apreensão de cidadãos que discordavam ou que questionavam o sistema de governo.
       Com este enunciado, parece que o fato ocorreu ha muito tempo atrás, e caiu no esquecimento de muitos principalmente da atual geração de estudantes, que vez por outra são cobrados, julgados e condenados pela forma de pensamento ou ausência dele, o popular “tanto faz”, dito diante de tomadas de decisões, das mais simples no cotidiano como escolher a cor de uma roupa, até a escolha do representante do país.
       Mas, temos que reconhecer que este fenômeno ocorreu por conta da criação e educação aplicada pelos pais da geração pós-ditadura, que ao proporcionar uma vida melhor que a sua e menos sofrida que a dos seus pais, os sobreviventes em 20 anos do regime ditatorial severo, acabaram por superproteger os filhos.
       Hoje em dia, vivendo no capitalismo compulsivo, onde a aquisição de bens de consumo pessoal tornou-se acessível a todas as camadas sociais, com ofertas de produtos descartáveis em que a escolha passou a ser indiferente, uma vez que, em um breve espaço de tempo o produto adquirido é substituído por versões mais modernas e atraentes aos olhos dos consumidores.
       O fator “tanto faz” suplantou aquela escolha absoluta que caracterizava as crianças e os adolescentes, que na sua maioria, quando escolhiam um objeto de consumo, não havia poder de convencimento que as fizessem mudar de idéia, onde culminavam com as famosas birras de criança, corrigidas com pequenas palmadas, que hoje querem proibir com leis absolutamente desnecessárias e desconectadas da realidade de sua aplicação e de seu controle.
       Enquanto estamos dormindo, as leis censoras estão se estabelecendo pelo país, a exemplo da proibição aos humoristas de utilizarem qualquer assunto referente à personalidades políticas em seus programas, interpretações, textos, enfim censurar o direito de expressão que está garantido na constituição nacional, mas que vez por outra, esquecemos e permitimos o avanço perigoso de leis que ferem os direitos de todos os cidadãos, em prol de uma pequena parcela política que são nossos representantes, logo são cidadãos comuns que por opção própria, submetem-se a eleição e passam a ser personalidades públicas, passível de qualquer comentário político-social oriundo de seus eleitores, pares, artistas, religiosos, cidadãos e apreciadores de uma franca discussão.
       Então, qual é a finalidade da censura? Deveria ser o exame crítico de obras literárias ou artísticas, em resumo. Mas estamos diante de uma separação de crítica e de censura, que mais representa repreensão vertical, formal e unilateral.
       Vamos despertar para um olhar mais crítico e com atitude para analisarmos, discutirmos e realizarmos uma boa eleição para nossos governantes, assim garantirmos o futuro da nação e da realização de nossos sonhos, porque sonhar ainda é permitido sem censura.

O Jovem em seu tempo
       O primeiro fator a ser analisado durante uma avaliação mais profunda da jovem geração brasileira deve ser o contexto histórico. Há quem diga que não se fazem mais jovens como os de antigamente, como os de 68. Não é justo comparar duas gerações tão diferentes, a começar pelo período político e econômico que cruzam. A de 68 viveu uma época em que o mercado de trabalho não era tão competitivo, pelo menos no Brasil, sobrando tempo para pensar em outras questões, políticas, por exemplo. Além disso, o próprio ambiente restrito de liberdade e marcado pelo AI-5 alimentava o espírito lutador que moveu aquela juventude.
      Mas, hoje é diferente. A atual jovem geração brasileira cresceu com liberdade. Certamente o valor mais importante para este período. O sexo livre faz, a cada dia que passa, milhares de vítimas de doenças como AIDS que aumenta assustadoramente entre jovens mulheres. O consumo de drogas tem situação semelhante no que se refere ao aumento. Acidentes de carro, em sua maioria envolvem jovens e o número de vítimas mortas é crescente. Mas, é essa mesma liberdade que mata vários jovens que impulsiona e caracteriza a atual geração.
       O contexto político também teve participação de peso na formação desses brasileiros. Talvez menos politizados, visto que o governo não o pressiona mais como na época da ditadura militar, mas certamente com a questão do emprego, ou será desemprego? Essa pressão econômica acaba fazendo o papel de estimular o jovem a se empenhar na formação intelectual e superar os obstáculos que a falha educação, que o governo impõe, causa.
       É importante afirmar que esta geração é conformista, falta-lhe mais interesse e participação política, vontade de querer mudar o que está errado, tirar o corrupto e o corruptível. Isso está ligado à educação não só a que o governo oferece, mas à que os pais, aqueles da geração de 68 dão.