quinta-feira, abril 16, 2015

Eletronorte é alvo da PF em suposto esquema de corrupção



OPERAÇÃO CHOQUE

A PF (Polícia Federal), em ação conjunta com o MPF (Ministério Público Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da União), deflagrou na manhã terça-feira (15) a Operação Choque, com o objetivo de investigar suposta presença de uma organização criminosa dentro da Eletronorte S.A.

Nesse cenário caótico da política brasileira, onde a Operação Lava Jato puxou o fio da meada de uma séria histórica de corrupção no país, especialista em Ciência Política acredita que estes são sinais positivos para um país que está cada vez mais preocupado com a moralização de sua imagem e de suas instituições. 

A PF e o MPF investigam a possível prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha, fraudes licitatórias, lavagem de dinheiro, além de trabalhar para identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa. Durante a ação foram cumpridos 10 mandados judiciais, sendo 8 de busca e apreensão e 2 de prisões temporárias em Marília (SP), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Rio de Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). Cerca de 50 policiais federais participaram da operação.

Segundo análise do professor Breno Rodrigo de Messias Leite, Mestre em Ciência Política, toda a crise de corrupção que se seguiu desde as crises dos Correios, Mensalão, Petrolão, Lava Jato até a atual dentro da Eletronorte, são sinais positivos para um país que está cada vez mais preocupado com a moralização de sua imagem e de suas instituições. “A eclosão da crise de corrupção nos últimos anos é resultado direto desse longo e intricado processo que se consolida”, avaliou.

No entanto, o cientista político reconhece que a deflagração da Operação Choque é mais um assustador capítulo da sistemática crise de corrupção no Brasil. “Mas apesar de tudo, as lições são positivas!”, observou.  Para Leite o aparente apocalipse traz à tona toda a relação criminosa que permeia há tempos a administração pública brasileira. “Bem como a perversa relação entre funcionários públicos e empresários”, ratificou.

De acordo com o departamento de Comunicação Social da Polícia Federal (DF), até o momento a investigação comprovou que um integrante do corpo gerencial da estatal, por meio de uma empresa “laranja” em nome de familiares, enriqueceu ilicitamente, recebendo vantagens indevidas de pessoas jurídicas que mantinham contratos com a empresa.

O professor Breno Rodrigo fez os seguintes questionamentos: “Sem instituições verdadeiramente autônomas, como tudo isso seria descoberto? Onde já se viu o tesoureiro de um partido que está no poder há 13 anos ser preso por formação de quadrinha?” Segundo ele os questionamentos se estendem para os ex-ministros, dirigentes partidários entre outros que de uma forma ou de outra estão próximos do governo federal.

Para o Mestre em Ciência Política o amadurecimento institucional tem resultados práticos e aqueles que cometem crimes, hoje em dia, são punidos pela justiça. “O Brasil tem evoluído bastante nos seus mecanismos de fiscalização e investigação de combate ao crime organizado dentro e fora do Estado”, concluiu.

NO AMAZONAS
De acordo com o Departamento de Comunicação da Polícia Federal, no Amazonas não houve nenhuma demanda da Operação Choque.


Procurados pela reportagem do Jornal do Commercio a Eletrobras Amazonas Energia, informou que toda demanda sobre a Operação Choque, está concentrada na Eletrobras Holding (Rio de Janeiro).

Em resposta a Eletrobras Eletronorte informa que está acompanhando as ações da Operação Choque, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 15, pela Polícia Federal. A empresa esclarece que está atendendo a todas as solicitações feitas durante as diligências e reitera o propósito de continuar contribuindo com as investigações.
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