OPERAÇÃO CHOQUE
A PF (Polícia Federal), em ação
conjunta com o MPF (Ministério Público Federal) e a CGU (Controladoria-Geral da
União), deflagrou na manhã terça-feira (15) a Operação Choque, com o objetivo
de investigar suposta presença de uma organização criminosa dentro da
Eletronorte S.A.
Nesse cenário caótico da política brasileira, onde a Operação
Lava Jato puxou o fio da meada de uma séria histórica de corrupção no país,
especialista em Ciência Política acredita que estes são sinais positivos para
um país que está cada vez mais preocupado com a moralização de sua imagem e de
suas instituições.
A PF e o MPF investigam a
possível prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, formação de
quadrilha, fraudes licitatórias, lavagem de dinheiro, além de trabalhar para
identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa. Durante a
ação foram cumpridos 10 mandados judiciais, sendo 8 de busca e apreensão e 2 de
prisões temporárias em Marília (SP), Brasília (DF), Porto Velho (RO), Rio de
Janeiro (RJ) e Belo Horizonte (MG). Cerca de 50 policiais federais participaram
da operação.
Segundo análise do professor
Breno Rodrigo de Messias Leite, Mestre em Ciência Política, toda a crise de
corrupção que se seguiu desde as crises dos Correios, Mensalão, Petrolão, Lava
Jato até a atual dentro da Eletronorte, são sinais positivos para um país que
está cada vez mais preocupado com a moralização de sua imagem e de suas
instituições. “A eclosão da crise de corrupção nos últimos anos é resultado
direto desse longo e intricado processo que se consolida”, avaliou.
No entanto, o cientista político
reconhece que a deflagração da Operação Choque é mais um assustador capítulo da
sistemática crise de corrupção no Brasil. “Mas apesar de tudo, as lições são
positivas!”, observou. Para Leite o
aparente apocalipse traz à tona toda a relação criminosa que permeia há tempos
a administração pública brasileira. “Bem como a perversa relação entre
funcionários públicos e empresários”, ratificou.
De acordo com o departamento de
Comunicação Social da Polícia Federal (DF), até o momento a investigação
comprovou que um integrante do corpo gerencial da estatal, por meio de uma
empresa “laranja” em nome de familiares, enriqueceu ilicitamente, recebendo
vantagens indevidas de pessoas jurídicas que mantinham contratos com a empresa.
O professor Breno Rodrigo fez os
seguintes questionamentos: “Sem instituições verdadeiramente autônomas, como
tudo isso seria descoberto? Onde já se viu o tesoureiro de um partido que está
no poder há 13 anos ser preso por formação de quadrinha?” Segundo ele os
questionamentos se estendem para os ex-ministros, dirigentes partidários entre
outros que de uma forma ou de outra estão próximos do governo federal.
Para o Mestre em Ciência Política
o amadurecimento institucional tem resultados práticos e aqueles que cometem
crimes, hoje em dia, são punidos pela justiça. “O Brasil tem evoluído bastante
nos seus mecanismos de fiscalização e investigação de combate ao crime organizado
dentro e fora do Estado”, concluiu.
NO AMAZONAS
NO AMAZONAS
De acordo com o Departamento de Comunicação da Polícia Federal, no Amazonas não houve nenhuma demanda da Operação Choque.
Procurados pela reportagem do Jornal do Commercio a Eletrobras Amazonas Energia, informou que toda demanda sobre a Operação Choque, está concentrada na Eletrobras Holding (Rio de Janeiro).
Em resposta a Eletrobras Eletronorte informa que está acompanhando as ações da Operação Choque, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 15, pela Polícia Federal. A empresa esclarece que está atendendo a todas as solicitações feitas durante as diligências e reitera o propósito de continuar contribuindo com as investigações.
Procurados pela reportagem do Jornal do Commercio a Eletrobras Amazonas Energia, informou que toda demanda sobre a Operação Choque, está concentrada na Eletrobras Holding (Rio de Janeiro).
Em resposta a Eletrobras Eletronorte informa que está acompanhando as ações da Operação Choque, deflagrada na manhã desta quarta-feira, 15, pela Polícia Federal. A empresa esclarece que está atendendo a todas as solicitações feitas durante as diligências e reitera o propósito de continuar contribuindo com as investigações.
http://www.jcam.com.br/
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