Economia
Foto: Walter Mendes |
Do JC, em Manaus(AM) No Amazonas participação
do consórcio nas vendas de motocicletas foi de 42,8% em 2012, de acordo com
mapa divulgado pela Abac (Associação Brasileira de Administradoras de
Consórcios).
Com 45,1% de participação
sobre as vendas internas, ou seja, praticamente uma em cada duas motos
comercializada no país, e com volume de negócios próximo aos R$ 15 bilhões, os
consórcios de motocicletas e motonetas somaram 2,38 milhões de participantes em
dezembro de 2012.
A região Norte
registrou participação 69,4% nas vendas de motos, seguida de 22% dos caminhões
e 15% de veículos leves nacionais. Já o Amazonas fechou o ano com as
respectivas participações: motos 42,8%, caminhões 18,1% e veículos leves
nacionais 12,6%.
Resultado
dos consórcios
O Sistema de Consórcios
fechou 2012 com balanço superior a R$ 80 bilhões no volume de negócios. Considerado
recorde histórico no ano em que completou 50 anos, também apresentou
crescimento de 11,4% no total de participantes ativos, atingindo 5,18 milhões na
comparação de 4,65 milhões apurados 2011.
Segundo a Abac as
contemplações em 2012 acumularam 1,23 milhão no ano passado, crescendo 12,8% a
mais que 1,09 milhão, registradas no ano anterior considerada outro recorde.
Este é o momento em que os consorciados de posse da carta de crédito podem
adquirir seus bens ou contratar serviços.
Nos últimos dez anos,
se compararmos as 1,56 milhão de cotas vendidas em 2002 com o total acumulado
em 2012, se verifica uma evolução de mais de 62%, que confirma o crescente
interesse pelo mecanismo. Ao totalizar 2,53 milhões de novas cotas
comercializadas nos doze meses de 2012 e ter sido recorde desde 2002, houve
aumento de 1,6% sobre as 2,49 milhões de 2011.
“Quando, no
início de 2012, projetávamos uma evolução entre 7% e 9% nas novas vendas do
Sistema de Consórcios” explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da
ABAC, “justificávamos a cautela na possibilidade de reflexos da situação
econômica internacional no mercado interno. Contudo, hoje, podemos afirmar que,
apesar do aumento das adesões ter sido inferior ao projetado, observamos mais
consumidores procurando e apostando nesse mecanismo genuinamente nacional, fato
que resultou em uma carteira de consorciados mais sólida . Essa situação
reafirma que o brasileiro tem adotado uma postura de planejamento e baseia seu
crescimento patrimonial ou a realização dos sonhos de consumo na educação
financeira”.
Ativos
comprova crescimento
Os ativos
administrados, outro indicador que comprova o crescimento do Sistema de
Consórcios, foi estimado em R$ 123 bilhões, em 2012, 15% superior aos R$ 107
bilhões de 2011. Somente os recebíveis aumentaram 15,2%. Saltaram de R$ 92
bilhões (2011) para R$ 106 bilhões (projetados para 2012). As disponibilidades
também apresentaram alta no mesmo período, 13,3%, depois de acumularem R$ 15
bilhões em 2011 e estimar R$ 17 bilhões para o ano passado. Há cinco anos,
quando comparados os R$ 70 bilhões alcançados em 2008 em relação ao total de
2012, ficou registrada uma evolução superior a 75%, identificando uma
movimentação crescente.
Aumento
tributário
Ainda em razão do
crescimento dos negócios no Sistema de Consórcios, as contribuições sociais e
os tributos pagos aumentaram. Com estimativa de recolhimento de R$ 1,33 bilhão
em 2012, aponta-se alta de quase 18% sobre R$ 1,13 bilhão de 2011. Na relação
entre os R$ 751 milhões atingidos há cinco anos, em 2008, com o total do ano
passado, ficou registrada evolução acima de 77%, certificando a importância do
segmento.
Perspectivas 2013
O Sistema de Consórcios
chega a 2013 com expectativas de crescimento entre 5% e 7%, ao acreditar que o
reaquecimento deverá impactar positivamente a atividade econômica. E, motivado pelos resultados
positivos obtido no ano passado. Mais segurança ao brasileiro, especialmente
nas oportunidades de empregos e a consequente elevação do nível da renda são
alguns aspectos que certamente influenciarão na concretização dessa projeção.
“A exemplo do
ocorrido no ano passado e com vistas à recuperação, o foco da economia nacional
continuará sendo o mercado interno. Paralelamente, os consórcios continuarão
sendo procurados por consumidores que planejam o futuro, que analisam e
comparam as diferenças de custo e que avaliam a necessidade imediata do bem ou
serviço. Por isso, novamente de forma conservadora e por entender que a
migração entre as classes sociais continuará, acreditamos no crescimento entre
5% e 7% nas futuras adesões e consequente aumento de participantes e
contemplações”, frisou o presidente executivo da Abac.
No setor de veículos
automotores, um dos principais do país, o foco maior estará nos leves
(automóveis, camionetas e utilitários) que, segundo a Anfavea e Fenabrave
continuará aquecido e com estimativa de aumento entre 3% e 4,5% com destaque
para a estabilidade dos preços e a acirrada concorrência entre as marcas.
Esses elementos trazem
possibilidades para aumento de comercialização de novas cotas e utilização do
crédito da contemplação nas promoções periódicas, considerando o retorno
gradativo do IPI e maior presença dos seminovos.
Observe-se também que
nas montadoras e revendas de pesados um dos focos será a adesão aos consórcios,
considerando as grandes obras em andamento, tanto no campo esportivo como no
energético. A crescente restrição a veículos de grande porte nas principais
regiões metropolitanas deverá estimular mais VUCs (vendas de leves e semileves).
Modelo
histórico
O consórcio, modelo
criado no Brasil há 50 anos, tem tido participação constante e significativa
nos diversos elos da cadeia produtiva, especialmente quando a decisão é apoiada
no consumo responsável com base na poupança com objetivo definido. Consumidores
das diversas classes sociais deverão realizar metas patrimoniais como a
aquisição da casa própria, ou os sonhos de consumo como o carro da família,
motocicletas, eletroeletrônicos, serviços residenciais, viagens, festas entre
outros, ou ainda bens de produção como caminhões e máquinas agrícolas. A
utilização do Sistema de Consócios apenas comprova, o quanto é possível, com
planejamento financeiro, construir ou ampliar o patrimônio, com encargos
menores.
http://www.jcam.com.br/
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