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O Amazonas apresentou variação de 0,08% no INCC (Índice
Nacional da Construção Civil), em novembro, ficando 0,55 ponto
percentual abaixo da taxa de 0,63% do mês anterior. Já
variação acumulada no ano foi negativa de -1,96% e o resultado dos últimos doze
meses também foi negativo em -1,78%. O penúltimo mês do ano fechou em R$ 867,62
o custo médio por metro quadrado construído. Ocupando a 5ª
colocação entre os estados com o m² mais caro da região Norte. Segundo o Sinapi (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da
Construção Civil), os resultados divulgados na sexta-feira (6) são calculados
mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
através de convênio com a Caixa (Caixa Econômica Federal).
De acordo com o analista do
Departamento de Disseminação de Informações do IBGE-AM, Adjalma Nogueira Jaques
o custo amazonense da construção, por metro quadrado, que em outubro fechou em R$
866,92, em novembro passou para R$ 867,62, sendo R$ 499,97 relativos aos
materiais e R$ 367,65 à mão de obra. A parcela da mão de obra não apresentou
variação, motivada pela ausência de qualquer aumento ligado à categoria no mês.
Os materiais, por outro lado, registraram uma diferença de -0,95 ponto
percentual, caindo de 1,09% em outubro para 0,14% em novembro.
Com
base nos preços de Novembro, e levando-se em conta apenas os materiais e os
salários da mão-de-obra; para se construir uma casa popular de um pavimento e
dois quartos custaria R$ 894,42 o metro quadrado. Esta mesma casa se construída
com apenas um quarto, o metro quadrado custaria R$ 1.080,81. Já um apartamento
de padrão normal, construído em um prédio com cinco andares, teria seu custo
por metro quadrado no valor de R$ 694,50, ilustrou Jaques.
Segundo o Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado do Amazonas) esse é um resultado da
sazonalidade que vem ocorrendo ao longo deste ano onde há uma acomodação do
mercado com relação aos financiamentos imobiliários. Houve um incremento nas
obras já lançadas no ano passado, porém 2013 vêm registrando uma constante redução
acumulada em relação aos últimos dois anos.
Para o vice-presidente do Sinduscon-AM, Frank do Carmo o resultado representa um
equilíbrio entre a oferta e a procura no setor imobiliário e deverá seguir no
mesmo patamar em dezembro. “Esse é um espelho do que de fato está acontecendo
na construção civil. Aqui o custo da mão-de-obra é mais caro porque precisa de
treinamento específico, encarecendo o preço do m². Além dos materiais serem
trazidos de fora, em Manaus só encontramos areia e seixo o resto vem de outras
regiões agregando o frete, fica ainda mais caro”, explicou.
Panorama nacional
O custo nacional da construção,
por metro quadrado, que em outubro fechou em R$ 849,07, em novembro passou para
R$ 852,62, sendo R$ 471,51 relativos aos materiais e R$ 381,11 à mão de obra. A
parcela da mão de obra apresentou variação de 0,08%, 0,25 ponto percentual
abaixo da taxa de 0,33% referente ao mês de outubro. Os materiais, por outro
lado, registraram uma diferença de 0,15 ponto percentual, indo de 0,54% em
outubro para 0,69% em novembro.
No período de janeiro a novembro
os acumulados estão em 3,90% para materiais e -5,16% para mão de obra, enquanto
em doze meses ficaram em 4,28% e -4,68%, respectivamente para materiais e mão
de obra. Estes resultados, também, levam em conta a desoneração da folha de
pagamento.
A Região Nordeste, com valor de
0,80%, ficou com a maior variação regional em novembro. As demais regiões
apresentaram os seguintes resultados: 0,26% no Norte, 0,42% no Sudeste, -0,06%
no Sul, e 0,06% no Centro-Oeste. Os custos regionais, por metro quadrado, foram
de R$ 867,00 no Norte; R$ 797,72 no Nordeste; R$ 884,56 no Sudeste; R$ 871,89
no Sul e R$ 867,79 no Centro-Oeste do país.
Com relação aos acumulados, a
Região Nordeste apresentou a menor variação no ano, -0,99%, e a Região Norte a
mais baixa nos últimos doze meses, com -0,40%. Enquanto isso a Região Sul
apresentou a maior variação no ano, 0,49%, constituindo-se, também, a mais alta
nos últimos doze meses, com 0,82%. Decorrente de pressão exercida pelo reajuste
salarial do acordo coletivo, o Rio Grande do Norte registrou a maior variação
mensal: 4,58%. E o Maranhão, devido ao aumento do cimento no estado, registrou
uma variação mensal 2,27%, a mais significativa, segundo o Sinapi em novembro.
SAIBA MAIS
Estes resultados são calculados
mensalmente pelo IBGE através de parceria com a Caixa, a partir do Sinapi.
Sistema criado em 1969, com objetivo da produção de informações de custos e
índices de forma sistematizada e com abrangência nacional, visando à elaboração
e avaliação de orçamentos, como também ao acompanhamento de custos. Em 2002, o
Congresso Nacional aprovou, através da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), a
adoção do Sinapi como referência para delimitação dos custos de execução de
obras públicas.
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